Dia de Proteção às florestas: estamos fazendo a nossa parte?
Por Flávia Pini *
Com cerca de 460 milhões de hectares, mais da metade do território brasileiro é coberto por florestas naturais e plantadas – o que representa a segunda maior área do mundo, atrás apenas da Rússia, segundo dados do Sistema Nacional de Informações Florestais. O número reforça a importância que estes ecossistemas possuem para o desenvolvimento do nosso país. Entretanto, na véspera do Dia de Proteção das Florestas, ainda há pouco para comemorar.
Instituída no dia 17 de julho para promover a conscientização da sociedade sobre a importância de preservação dos biomas, a data não atingiu seu objetivo. Dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que o desmatamento da Amazônia entre fevereiro e abril de 2015 é 62,7% maior em comparação ao mesmo período do ano anterior. O índice na Mata Atlântica caiu 24% entre 2013 e 2014, mas o que restou da Floresta é apenas um traço do que foi a original – 7% segundo levantamento do Ministério do Meio Ambiente.
A extração ilegal de árvores e a poluição de rios e do ar encabeçam a lista de vilões da sustentabilidade atualmente. Sem a manutenção adequada das florestas, consequentemente há o aumento da emissão de carbono na atmosfera, resultando no aquecimento global e nas mudanças climáticas. O planeta está no limite e precisa de uma solução rápida para evitar o esgotamento dos recursos naturais.
Entretanto, esta resolução não deve vir apenas do poder público e das grandes corporações. Na data que recorda a necessidade de proteção ao meio ambiente, é essencial entender o papel que cada cidadão possui no combate ao desmatamento. Cuidar das árvores e diminuir os resíduos sólidos são medidas simples que podem ser feitas individualmente. Não adianta instaurar leis que reduzem a emissão de poluentes se a própria população não tiver consciência de sua posição nesse processo. É preciso mudar a mentalidade para que as ações possam surtir o efeito desejado. Só assim nosso país dará o primeiro passo para proteger não só as florestas, mas a vida como um todo.
* Flávia Pini é Diretora de Marketing da GreenClick, empresa que contribui com a neutralização da emissão de CO2 no país
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