Com boas práticas, é possível reverter o aquecimento global

 

 

Nunca se discutiu tanto sobre sustentabilidade e meio ambiente no Brasil como nas últimas três décadas. Expressões como “aquecimento global”, “efeito estufa” e “poluição” ganharam espaço na sociedade civil e alertam para os perigos que as próximas gerações poderão enfrentar. Contudo, é possível reverter os cenários catastróficos previstos em diversos relatórios científicos. Basta ter disposição para trabalhar e adotar práticas amigas da natureza.

Um exemplo disso surgiu na Antártida. Um grupo de cientistas da Pesquisa Britânica na Antártida (BAS, em inglês) descobriu que, desde 1998, as temperaturas do ar em partes da região diminuíram aproximadamente 0,5ºC por década – praticamente o mesmo ritmo de crescimento registrado desde 1950. O levantamento foi divulgado na revista Nature, uma das principais publicações científicas do mundo. A explicação mais plausível para isso é a estabilização da camada de ozônio que cobre o território, protegendo-o dos raios ultravioleta.

Após esse breve período de resfriamento, a tendência é que as temperaturas na Antártida voltem a subir e tenham um acréscimo de 3ºC a 4ºC até 2100, ainda de acordo com o estudo. Resumindo: ainda há muito a ser feito e é necessário ações concretas e sem pausas. Por isso, é tão importante o Acordo de Paris, sancionado no início de 2016.

Com um trabalho bem feito de longo prazo, é possível reverter o aquecimento global e garantir um futuro melhor para o planeta. No caso da Antártida, bastou um controle mais eficaz sobre a Camada de Ozônio para resfriar o território. Ou seja, se fizermos nossas partes, é possível manter os recursos naturais já existentes, como florestas e rios.

Em uma época em que os países correm contra o tempo para reverterem o estrago causado no planeta desde a primeira Revolução Industrial, no século 18, exemplos de sucesso devem servir como guia para nossas ações daqui para frente. Se em duas décadas foi possível frear o aquecimento terrestre na Antártida, com uma estratégia bem elaborada é possível garantirmos um futuro melhor para todos os habitantes.

* Flávia Pini é Diretora de Marketing daGreenClick, empresa que contribui com a neutralização da emissão de CO2 no país