15 mai 2015

Brasil fecha convênio para projetos de mobilidade urbana com baixo carbono

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Praticamente 30% do carbono emitido no país é proveniente de energia e transporte – atrás apenas do desmatamento e mudança do uso do solo. São dados do Sistema de Estimativa de Emissões dos Gases do Efeito Estufa, do Observatório do Clima. Para reverter o quadro, o governo federal pretende estimular projetos sustentáveis em mobilidade urbana.

O Ministério das Cidades assinou convênio com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) a criação de ações de baixo carbono nos trânsitos de São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza e Brasília neste primeiro momento.

A verba é de US$ 6 milhões e o investimento é a fundo perdido, ou seja, sem necessidade de complementação e contrapartida do governo federal. Os recursos serão provenientes da empresa Global Environment Facility, responsável pelo Fundo Global para o Meio Ambiente das Nações Unidas.

O programa, intitulado “Mobilidade Urbana de Baixo Carbono para Grandes Cidades”, quer fomentar ferramentas que avaliam a redução dos gases de efeito estufa com iniciativas de transporte coletivo urbano, veículos não-motorizados e gestão de demanda do tráfego. Além de implementar um projeto cicloviário integrado ao sistema público já existente.

“Estamos começando a parceria com o BID, em que assumimos o compromisso do Ministério das Cidades em estimular não apenas tecnologias mais limpas, mas ferramentas que possam mensurar os resultados”, confirma o ministro Gilberto Kassab.

Em 2013, ano-base do estudo do Observatório do Clima, o Brasil aumentou em 7,8% as emissões de dióxido de carbono. Entre os vilões, destaque justamente para o consumo de diesel e gasolina, produtos derivados do petróleo, e que cresceram 7,3% em relação ao ano anterior.