A união entre inovação, sustentabilidade e criatividade

Por Flávia Pini *

Não importa o ramo de atuação da empresa ou o tamanho dela: inovação e criatividade são itens essenciais para companhias que desejam crescer. Porém, não bastam boas ideias e um ambiente propício de trabalho se a missão da organização não estiver voltada para boas práticas e, principalmente, para questões que promovam bem estar social na comunidade que a cerca. Em outras palavras, não pode existir criatividade e inovação sem que o conceito de sustentabilidade também seja difundido e estimulado entre colaboradores e parceiros.

A ideia de criatividade ganhou força a partir dos anos 2000, com o avanço das soluções tecnológicas. Em 2001, por exemplo, o pesquisador inglês John Howkins cunhou a expressão “economia criativa” para descrever empresas que utilizam o conhecimento e o capital intelectual para a produção de trabalho e renda. Envolve, entre outras áreas, as que trabalham com comunicação, tecnologia, artes, arquitetura e audiovisual. No Brasil, a economia criativa representa 2,6% do PIB nacional, de acordo com o último relatório produzido pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

Três fatores conseguem explicar como a sustentabilidade se transformou em um pilar importante para os negócios criativos. Primeiro, o maior acesso à educação em todo o mundo, o que faz muitos jovens profissionais buscarem soluções simples e eficientes para melhorar a vida de comunidades. Depois, o aumento da conscientização ambiental, com a inserção do tema no debate público e a necessidade de medidas que reduzem a emissão de poluentes. Por fim, a própria mudança de hábitos e comportamentos inerentes à sociedade, cada vez mais aberta a soluções que promovam maior qualidade de vida.

Atualmente, o planeta está sufocado pela extração predatória dos recursos naturais das últimas décadas. Assim, não faz sentido promover a criatividade e reproduzir o mesmo modelo que degrada a natureza. A inovação, como o mesmo nome diz, deve promover novos métodos e práticas nesta relação entre homem e meio ambiente. A economia criativa mostra que é possível gerar riqueza sem explorar a fauna e flora.

Promover a sustentabilidade por meio da criatividade e da inovação é uma forma de olhar para o futuro da sociedade. Se hoje os avanços tecnológicos são celebrados por diminuir fronteiras e facilitar a comunicação entre as pessoas, talvez no futuro possamos comemorar, finalmente, a união entre homem e natureza.

*Flávia Pini é Diretora de Marketing da GreenClick, empresa que contribui com a neutralização da emissão de CO2 no país