14 dez 2015

A sociedade civil parte para a prática e não espera mais políticas globais de sustentabilidade

greenclick

Por Flávia Pini *

Enquanto líderes políticos, chefes de estado e autoridades ambientais participam de intermináveis reuniões e debatem acordos globais para reduzir a emissão de gás carbônico, a sociedade civil, composta por empresas e consumidores, deixa a teoria de lado e parte para a prática. Geralmente à margem destas discussões sobre sustentabilidade, o setor desenvolve um importante papel com iniciativas próprias para combater o aquecimento global.

Apontadas como responsáveis pela emissão de poluentes por conta do grande consumo de energia, as corporações se mobilizam para mudarem essa imagem. De acordo com a pesquisa“CEO Pulse: climate change”, conduzida pela empresa Pew Research Center, 75% dos executivos entrevistados confirmaram que suas empresas estão desenvolvendo novos produtos e serviços para combater as alterações climáticas. Além disso, um terço deles alega que estas medidas colaboram também para o crescimento dos negócios.

Os dados reforçam que, pouco a pouco, companhias e consumidores descobriram que não precisam ficar reféns de políticas públicas ou iniciativas de ONGs para criarem ações sustentáveis eficazes. Na verdade, a sustentabilidade começa justamente com pequenos atos do dia a dia, como o plantio de árvores, economia de água, energia elétrica e consumo de papel. No caso das empresas, é possível ir além e estimular o surgimento de produtos e soluções que não agridam a natureza.

Como a temperatura terrestre bate recordes todos os anos e o futuro reserva cenários pessimistas para o planeta, as empresas se dão conta de que não adianta apenas um lado fazer sua parte. Assim, com atitudes, conseguem exercer grande influência nos cidadãos, promovendo atitudes ambientais corretas nas comunidades em que estão inseridas e estimulando a divulgação destas boas ideias – a consciência ambiental dos brasileiros quadruplicou nas últimas duas décadas, segundo a pesquisa“O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável”, realizada pelo Ministério do Meio Ambiente.

A sustentabilidade não pode ficar restrita a um ou outro grupo social. A proteção ambiental e o consumo consciente dos recursos naturais é um dever de todos, sem exceção. Só assim é possível reverter os danos já causados e evitar um futuro desanimador para as próximas gerações.

* Flávia Pini é Diretora de Marketing da GreenClick, empresa que contribui com a neutralização da emissão de CO2 no país