Mudança climática: o terrorismo para o planeta

Esqueça ameaças nucleares do Irã, terrorismo e instabilidade econômica. A principal preocupação mundial atualmente é a mudança climática. A conclusão é do levantamento feito pelo instituto Pew Research Center. A pesquisa, feita com mais de 45 mil pessoas em 40 países, mostra que praticamente metade da população considera que o aquecimento global é o principal temor para os próximos anos.
O tema está à frente, por exemplo, do avanço do Estado Islâmico no Oriente Médio – a segunda colocada na lista, com 41%. Os receios com Rússia, China, Irã e a crise econômica também foram lembrados, mas nada que se compare ao medo relacionado às alterações do clima e a devastação do meio ambiente.
Esta preocupação é justificável. A temperatura global bate recordes em todas as medições, as geleiras seguem derretendo e não há um sinal efetivo de mudança na emissão de gases do efeito estufa na grande maioria das nações. O Protocolo de Kyoto, que poderia ser um marco na conscientização mundial e nas negociações por políticas sustentáveis, encontrou enormes dificuldades para sair do papel e foi abandonado antes mesmo de alcançar resultados efetivos.
Entretanto, a divulgação da pesquisa também representa uma oportunidade única para que governos e cidadãos possam incorporar a mudança necessária para reverter este quadro. A sociedade percebeu que o aquecimento global é uma realidade e apenas com a preservação ambiental é possível diminuir a emissão de poluentes. A sustentabilidade começa com ações simples, como reciclagem do lixo, plantio de árvores e consumo racional dos recursos naturais. É um movimento que deve partir de baixo para cima, forçando o poder público a adotar medidas que vão ao encontro das necessidades do planeta.
O temor não pode dominar as ações futuras. O planeta perdeu muito com a poluição devastadora do último século, mas ainda dá tempo de mudar esta situação. O primeiro passo já foi dado: a conscientização de que a mudança climática traz consequências graves à vida e aos humanos. Agora, é preciso transformar esse medo em uma ação sustentável.
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