A Floresta Amazônica pode desaparecer?
A Floresta Amazônica compreende uma área de 5,5 milhões de km2 em nove países diferentes da América do Sul. Se fosse um país, seria maior do que toda a zona compreendida pela União Europeia. Além disso, o principal bioma do planeta abriga 10% de todas as espécies conhecidas pelo homem e é lar de um em cada cinco pássaros da Terra. Mesmo assim, com toda essa magnitude, cientistas acendem o sinal de alerta sobre o futuro do território.
O aviso mais preocupante partiu do geógrafo Mark Mulligan, do King’s College, de Londres. Ele projetou um modelo de desmatamento com base nas taxas históricas e em áreas protegidas nas quais a fiscalização é ineficiente. Assim, ele conseguiu estimar a data de “morte” da Amazônia: o ano de 2260.
Evidentemente esse dado trata-se de uma projeção estatística e, como tal, está sujeita a variações de fatores externos. Entretanto, não deixa de ser preocupante saber que já é possível estimar o fim de um bioma que levou milhões de anos para ser erguido. Aliás, esta estimativa apenas projeta o índice histórico de desmatamento ocorrido na Floresta Amazônica nas últimas décadas. Ou seja, se continuarmos neste ritmo de exploração dos recursos naturais, cedo ou tarde eles irão se esgotar.
Um mundo sem a Amazônia chegaria perto de cenas apocalípticas retratadas em diversos filmes futuristas. A floresta, por exemplo, interfere nas chuvas que ocorrem no Sudeste brasileiro por meio dos rios voadores – o que evita a desertificação do centro-sul do país. Além disso, contribui para evitar que o aquecimento global seja mais forte ao “prender” uma boa parte do carbono emitido pelo homem.
Para evitar que este cenário catastrófico aconteça, é preciso diminuir drasticamente o desmatamento. Nos últimos dez anos o poder público conseguiu controlar o avanço da exploração dos recursos naturais na Floresta, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido para garantir vida longa a Amazônia.
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