03 fev 2014

34 bilhões de folhas de papel. É o volume de papel que deixou de ser impresso desde 2006, com a implantação da nota fiscal eletrônica

Árvore de papel

Imagine uma pilha de 34 bilhões de folhas de papel. A altura chegaria a 3,4 mil km. Em matéria-prima, seriam 1,5 milhão de eucaliptos derrubados. É o volume de papel que deixou de ser impresso desde 2006, com a implantação da nota fiscal eletrônica (NFe).

Para garantir a segurança desse grande volume de dados que agora trafega pela internet, as empresas de certificação digital investem em tecnologias de segurança. Atualmente, o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) e as certificadoras avaliam a implantação de novos tipos de criptografia e sistemas de biometria para aumentar a segurança das informações digitais. “O sistema de certificação digital tem uma tecnologia muito robusta. Mesmo assim, avaliamos a adoção de novos padrões”, disse Renato Martini, presidente do ITI.

Uma das tecnologias em estudo é a criptografia de curvas elípticas – uma evolução do sistema atual. A certificação digital possui duas barreiras de proteção, ou chaves. A chave pública é um código (semelhante ao código de barras), que serve para atestar a identidade do dono do certificado digital. A chave privada – à qual só o dono do certificado tem acesso – confirma que o certificado é usado pelo dono, e não por um fraudador. Essas chaves já são criptografadas, ou seja, têm um sistema que embaralha os dados, impedindo que sejam copiados por criminosos. A proposta do ITI é implantar um novo tipo de criptografia, que torna mais difícil decifrar as informações dos documentos certificados. Márcio Nunes, diretor geral da Valid, diz que a meta é reduzir os riscos de vazamento de dados na fase de validação do certificado digital.

Julio Cosentino, vice-presidente da Certisign, disse que a alternativa a esse tipo de criptografia seria a adoção da biometria, tecnologia que permite reconhecer uma pessoa por traços físicos, como íris do olho, digitais, veias da mão, entre outros.

A Serasa Experian também apoia o uso da considera e considera criar um serviço de validação de identidade a partir da identificação da impressão digital, disse Mariana Pinheiro, presidente da unidade de negócios de identidade digital da companhia.

Fonte: Valor Econômico